👑 Influencers? Não. Donas de Marcas: O Novo Poder da Geração Z na Moda

A Geração Z está a apagar as fronteiras entre influenciador e empreendedor e, ao fazê-lo, está a reescrever as regras do marketing de moda global.

Se antes as marcas escolhiam rostos para representá-las, agora são as criadoras que se tornam as próprias marcas. Sem esperar convites de grandes editoras ou contratos milionários, estas jovens usam o que têm autenticidade, um smartphone e uma comunidade fiel para transformar o digital num império.

💡 De Seguidoras a Fundadoras

A lógica inverteu-se: hoje, as marcas nascem de comunidades, não o contrário. De acordo com o Edelman Trust Barometer 2023, 70% dos jovens da Geração Z confiam mais em criadores autênticos do que em publicidade tradicional. Estas empreendedoras não vendem roupa vendem confiança.

Um estudo da Vogue Business indica que 68% das novas marcas de moda independentes lançadas entre 2021 e 2024 foram criadas por fundadoras com menos de 28 anos, e que 74% dessas mulheres começaram a partir das redes sociais. Elas falam diretamente, mostram erros, partilham decisões e até frustrações e isso, ironicamente, tornou-se o diferencial competitivo que as grandes marcas ainda tentam copiar.

👗 Quando o Bastidor Vende Mais do que a Passarela

O caso da NS Dress, fundada por Ninna Bajotto e Sofia Serafim, é um exemplo de como a vulnerabilidade pode ser a nova forma de luxo.
A marca nasceu como um projeto escolar e tornou-se uma referência por partilhar o processo artesanal em tempo real das costuras às imperfeições. Segundo o
Jornal de Brasília, o público “não compra apenas o vestido, mas a história de quem o fez”. Essa é a essência da moda na Geração Z: mostrar é mais valioso do que ocultar.

👟 Do Quarto ao Mercado Global: A Revolução do Streetwear

Em 2020, Luana Amy, então com 20 anos, criou a Las Clothing uma marca de streetwear feita no seu quarto, durante a pandemia. Com vídeos caseiros e transmissões em direto, construiu uma comunidade que se identificou com o seu estilo de vida antes mesmo de conhecer os produtos. Em entrevista à Agência Sebrae de Notícias, Luana explicou: “Quando comecei a mostrar o que acontecia por trás, as pessoas confiaram mais e começaram a comprar.” A autenticidade transformou-se numa métrica de venda.

🧢 Manifestos, Não Slogans

O jovem Lucca Akabomb criou, aos 17 anos, a marca Akabomb, com o lema “Pronto para ser julgado”. O que parecia apenas uma provocação tornou-se um movimento um manifesto de liberdade criativa e autenticidade. Em entrevista ao Terra, Lucca resumiu a filosofia da marca: “Não quero vender roupa, quero vender coragem.” Este tipo de posicionamento é o que a Geração Z procura marcas com personalidade e propósito real.

📲 O Novo Marketing é Conversa

A Launchmetrics (2024) revelou que 83% dos consumidores da Geração Z descobrem novas marcas através das redes sociais, principalmente no TikTok e no Instagram. Mas o que realmente gera vendas não são os anúncios pagos é o conteúdo pessoal e contínuo, como vídeos de bastidores, conversas autênticas e feedback em tempo real. O marketing deixou de ser sobre atingir pessoas e passou a ser sobre falar com elas. A comunicação tornou-se cíclica, participativa e emocional.

📈 Da Moda à Mentalidade: A Nova Economia Criativa

Segundo o Sebrae Data 2024, o número de empreendedores entre 18 e 29 anos cresceu 23% na última década, e a maioria atua nos setores de moda, beleza e economia criativa. Estas empreendedoras não precisam do aval de grandes marcas — criam as suas próprias audiências e constroem negócios em torno da sua identidade. Para elas, o feed é o portefólio e a coerência é o novo capital.

💬 5 Lições Que Toda a Marca Pode Aprender com a Geração Z

  1. Autenticidade é estratégia.
    Não é sobre parecer verdadeiro é sobre ser.

  2. Mostra o processo.
    Os bastidores criam confiança e geram empatia.

  3. A comunidade é o novo funil de vendas.
    Quem se sente parte, defende e divulga.

  4. O posicionamento vale mais do que a publicidade.
    Marcas com opinião atraem público fiel.

  5. A vulnerabilidade é o novo poder.
    Mostrar o imperfeito é mostrar o humano e isso vende.

🪞 Conclusão

A Geração Z provou que a influência sem propósito é vazia e que o marketing mais poderoso é aquele feito com verdade. Estas jovens fundadoras estão a criar uma nova era em que a identidade é a estratégia, e a comunicação é a alma do negócio. Elas não esperaram uma marca para representar elas tornaram-se a marca.

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