A Verdade Sobre a IA e os Influenciadores em 2026: Os Marketers Estão a Apostar Errado?
💡 IA, Influenciadores e Estratégias Secretas: O Que Vai Mudar no Marketing Digital em 2026 (e Ninguém Está Preparado)
A mais recente edição do relatório da Emplifi, Estado do Marketing em Mídias Sociais, revela que 82% dos profissionais de marketing já utilizam ferramentas de IA no seu processo diário. Contudo, menos de metade (35%) afirma ter observado ganhos significativos de produtividade até agora.
Estas ferramentas são usadas sobretudo para análise de dados e criação de conteúdo, com a segmentação de anúncios a surgir logo a seguir. Embora a utilização seja elevada, os resultados ainda não acompanham o entusiasmo inicial e isso revela algo essencial sobre o momento atual do marketing digital.
⚙️ 1. A utilização da IA está generalizada — mas os resultados ainda são moderados
Apesar de a maioria dos profissionais de marketing ter incorporado ferramentas de IA, a eficácia prática ainda varia. Parte da explicação está nas lacunas de competências, hábitos enraizados e, em muitos casos, expectativas exageradas quanto ao potencial destas ferramentas. Segundo a Social Media Today, “as ferramentas de IA não substituem o trabalho humano complementam-no”.
Em outras palavras, a IA não é “inteligente” no sentido humano; é apenas altamente eficiente em reconhecimento de padrões e execução automatizada de tarefas. A sua utilidade depende, portanto, da capacidade dos profissionais para interpretar, contextualizar e transformar dados em ações significativas.
👩🏾💻 2. Influenciadores e conteúdos gerados por utilizadores continuam a crescer
De acordo com a Emplifi, 67% dos profissionais de marketing planeiam aumentar o orçamento para influenciadores em 2026, destacando o reconhecimento da marca como o principal benefício.O crescimento dos vídeos curtos e da cultura de “autenticidade” tem tornado o marketing de influência uma estratégia quase indispensável. Os influenciadores entendem como o público interage com o conteúdo e têm a confiança da audiência algo que os anúncios tradicionais já não conseguem replicar.
Esta mudança também é uma resposta à saturação de conteúdo: num mar de anúncios automatizados, o público quer ver pessoas reais, com vozes reais.
🌍 3. Reconhecimento de marca, UGC e micro-influenciadores
O conteúdo gerado por utilizadores (UGC) está a tornar-se um dos pilares do marketing moderno. Além de reduzir custos de produção, oferece autenticidade e engajamento orgânico. As marcas mais ágeis estão a combinar influenciadores de nicho, criadores locais e colaborações genuínas para criar um ecossistema de confiança. O futuro não é das campanhas gigantescas, mas sim das comunidades bem construídas.
📱 4. Plataformas e prioridades para 2026
Os dados do relatório indicam que o Instagram continuará a liderar como a principal plataforma de investimento, seguido de forma surpreendente pelo LinkedIn, que ganha força graças ao seu público profissional e conteúdo educativo. Para 2026, as marcas deverão apostar em estratégias híbridas:
Instagram para alcance e storytelling visual;
LinkedIn para autoridade, parcerias B2B e pensamento estratégico;
TikTok para experimentação criativa e conteúdo em tempo real.
As tendências apontam para uma integração mais forte entre IA e social commerce com destaque para personalização dinâmica, assistentes virtuais e publicidade preditiva.
5. Como as PME em Portugal podem aplicar estas tendências
As pequenas e médias empresas portuguesas têm uma oportunidade única de crescer de forma inteligente, sem precisar competir em volume com grandes marcas. Basta saber onde aplicar a tecnologia e onde manter o toque humano.
Use ferramentas de IA para analisar comentários, gerar ideias de conteúdo e melhorar o timing das publicações.
Invista em micro-influenciadores locais, que falem a linguagem da sua comunidade.
Incentive os clientes a partilhar experiências autênticas com o seu produto e transforme essas histórias em parte da sua comunicação.
Foque-se na coerência e propósito: uma marca coerente é mais valiosa do que uma marca ruidosa.
🧩 Conclusão: A Nova Era do Marketing — Humano por Dentro, Inteligente por Fora
À medida que 2026 se aproxima, o marketing digital entra numa fase de maturidade onde a tecnologia e a humanidade precisam coexistir e não competir. A inteligência artificial trouxe velocidade, precisão e escala; mas as marcas que realmente se destacam continuam a ser aquelas que comunicam emoção, propósito e autenticidade. Os dados da Emplifi mostram que a IA está em todo o lado mas os resultados mais transformadores surgem quando é usada como extensão da criatividade humana, e não como substituto. A tecnologia deve libertar tempo, não substituir talento.
Do mesmo modo, o crescimento dos influenciadores e do conteúdo gerado por utilizadores confirma que o público procura identificação e confiança, não apenas estética. Os micro-influenciadores e criadores locais provaram que a proximidade vence o alcance, especialmente em mercados como o português, onde a ligação emocional à marca é decisiva.
Para as pequenas e médias empresas, o desafio não é competir com gigantes, mas sim posicionar-se com autenticidade. A IA pode ajudar a analisar, prever e personalizar mas o que realmente cria lealdade é a capacidade de contar histórias reais e humanas.
👉 O futuro do marketing não será dominado por máquinas, mas por marcas inteligentes o suficiente para permanecerem humanas.